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Distribuindo dinheiro sem condições e para todos...


Bem-estar Organizacional


Não será inovador injetar dinheiro nos mercados. É uma prática comum em tempos de crise, isto como forma de estimular a economia. Os bancos centrais imprimem dinheiro, os bancos comerciais concedem crédito fácil, etc... A diferença na proposta do Rendimento Básico Incondicional (RBI) é que não são mais os bancos a apoiar financeiramente as famílias para as capacitar para uma vida mais digna. Esta é uma verdadeira afronta ao sistema económico e financeiro português, é que não são eles, os bancos, quem gere este processo. E, será muito por isso que o RBI terá dificuldade de se impor como ideia estruturante de uma nova sociedade. Não nos podemos esquecer que a falta de autoridade, por exemplo, dos políticos nacionais tem a ver, numa primeira linha de impacto com o facto do poder disciplinador da sociedade ter passado a ser exercido pelo mercado financeiro e os seus agentes.


Economização excessiva da humanidade


Certo é que qualquer capitalismo tem regras. O consumo é a forma como a maior parte de nós participa neste processo.


A mesquinhez do povo português em relação ao RBI expressa-se numa única questão: vamos estar a dar dinheiro a quem nada quer fazer? No mundo capitalista não há quem nada faça se lhe for dado o RBI! É exatamente o contrário do que imaginam! O nada fazer só é possível se essa pessoa não tiver dinheiro. Se eu lhe der o RBI ela não tem como “nada fazer”... Se eu tiver dinheiro, eu consumo, se eu consumo eu sou produtivo pois cuido do fim ultimo da sociedade de consumo; consumir... E, consumir é a realização final da cadeia de valor de qualquer forma de produção na economia capitalista. Toda a atividade humana é, agora, produtiva. Por consequência, o meu maior medo é que o RBI contribua para novas formas de escravatura.